Ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres pode ter salário cortado pela Polícia Federal após prisão.
A medida é baseada no Estatuto do Servidor Público Federal e visa suspender o pagamento de funcionários públicos que estão em prisão preventiva.
Anderson Torres, ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, está enfrentando um novo problema após ter sido preso sob suposta, omissão durante os atos ocorridos em 8 de janeiro. De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a Polícia Federal (PF) planeja cortar o salário que Torres que como delegado da PF.
Essa decisão tem como base o Estatuto do Servidor Público Federal, que permite a suspensão do pagamento de servidores públicos que se encontrem em situação de prisão preventiva. A medida visa garantir que o funcionário não continue recebendo salários enquanto estiver afastado de suas funções, e só volta a receber caso seja comprovada sua inocência.
Anderson Torres enfrenta problemas relacionados ao seu cargo de secretário de Segurança do Distrito Federal. Desde que sua prisão ocorreu após inquérito conduzido pela Polícia Federal, que o acusou de ter conhecimento prévio dos atos chamados de terroristas e de ter falhado em agir para impedir a invasão do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) naquela ocasião.
Além disso, Torres enfrenta possíveis procedimentos internos, incluindo a demissão da Polícia Federal, devido a problemas relacionados ao seu cargo e à sua prisão em janeiro de 2023.
De acordo com a CNN Brasil, a Polícia Federal iniciou dois procedimentos internos contra Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, que está detido desde janeiro após acusação de participação nos atos de 08/01/23 em Brasília. Um dos procedimentos é relacionado à suspensão do pagamento da remuneração de cerca de R$ 30 mil que Torres recebeu enquanto agente federal, podendo ter seu valor cortado em breve.
O segundo procedimento é de natureza administrativa e se refere à possível demissão do ex-ministro. Nesta segunda-feira (8), Torres prestará depoimento à Polícia Federal sobre a possível interferência da Polícia Rodoviária Federal no segundo turno das eleições. Além dos problemas decorrentes de sua detenção, Anderson Torres agora terá que lidar com essas outras questões e poderá ser expulso da PF além de perder todo o seu vencimento salarial.
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