Linguagem neutra nas Escolas: A decisão do STF

Linguagem neutra nas escolas: A decisão do STF

1. STF forma maioria para liberar uso de linguagem neutra nas escolas.

Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou uma maioria de 8 a 0 para derrubar uma lei que proibia o uso da linguagem neutra nas escolas do Estado de Rondônia. 

A decisão dos ministros foi baseada na Constituição Federal, que atribui à União a responsabilidade de legislar sobre a educação, e não aos estados.

O voto do ministro Kassio Nunes Marques destacou a importância da inclusão e da neutralidade na comunicação, considerando "inconstitucional" tanto a garantia quanto a imposição de uma determinada modalidade da língua portuguesa.

2. Mas o que é linguagem neutra e por que é importante para a inclusão?

A linguagem neutra, também conhecida como linguagem não binária, é uma forma de comunicação que evita o uso dos gêneros tradicionalmente aceitos pela sociedade (masculino e feminino), com o objetivo de tornar a linguagem mais inclusiva e menos sexista.

Nessa linguagem, os artigos femininos e masculinos são substituídos por um "x", "e" ou "@". A palavra "todos" ou "todas", por exemplo, na linguagem neutra é escrita como "todxs" ou "tod@s".

Alguns defensores da linguagem neutra também defendem o uso do termo "elu" (no lugar de "ele" ou "ela") para se referir a qualquer pessoa, independentemente do gênero.

A utilização da linguagem neutra é uma questão importante para a promoção da igualdade e da inclusão de todas as pessoas, independentemente da sua identidade de gênero. 

Ao utilizar uma linguagem que não se baseia nos estereótipos de gênero, é possível criar um ambiente mais acolhedor e respeitoso para todos.

Conclusão:

A decisão do STF em favor da liberação do uso da linguagem neutra nas escolas é um passo conflitante, porque á maioria da população que é conservadora desaprova. Ao permitir que a linguagem seja utilizada de forma mais neutra.

Promover a igualdade de gênero e a inclusão é um debate que vai gerar muita resistência, um desafio complexo devido à forte oposição da sociedade conservadora brasileira.