General do Exército declara insatisfação das Forças Armadas com a vitória de Lula nas eleições de 2022.
1. Declaração de general Tomás Paiva sobre eleição presidencial causa discutida no Brasil.
O comandante do Exército, general Tomás Paiva, causou polêmica no Brasil ao declarar a subordinados que a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022 foi "indesejada" pela maioria dos militares, mas "infelizmente" ocorreu.
A declaração foi feita durante uma reunião com oficiais do Comando Militar do Sudeste no dia 18 de janeiro de 2023, três dias antes de assumir a chefia do Exército no lugar do general Júlio César de Arruda, que foi demitido diante da crise entre o Planalto ea caserna envolvendo a invasão às sedes dos três Poderes.
Essa declaração gerou grande repercussão no país, uma vez que a postura das Forças Armadas em relação à política é historicamente delicada. A fala do general Tomás Paiva sugere que uma parte dos militares não aceita a vitória de Lula e que, mesmo sem comprovação de fraude no processo eleitoral, não está satisfeita com o resultado.
2. A relação entre as Forças Armadas e a política no Brasil.
Desde a redemocratização do país, em 1985, as Forças Armadas têm um papel mais restrito na política. A Constituição de 1988 estabelece que as Forças Armadas são instituições nacionais permanentes e regulares, subordinadas ao poder constitucional e legal. Isso significa que elas devem agir dentro da lei e não interferir na política.
No entanto, mesmo após a redemocratização, as Forças Armadas continuaram sendo uma instituição influente na política nacional. Isso se deve em parte ao fato de que muitos militares foram treinados durante a ditadura militar, o que levou a um certo grau de nostalgia entre alguns setores das Forças Armadas.
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