Crise energética gera caos nas cidades e pode levar dias para normalizar totalmente o fornecimento, segundo autoridades.
Na manhã desta segunda-feira, 28 de abril de 2025, a Europa foi surpreendida por uma interrupção generalizada no fornecimento de energia que atingiu de forma intensa a Espanha e Portugal.
Logo surgiram preocupações e especulações sobre a possibilidade de um ciberataque, considerando o contexto atual de tensões geopolíticas e o histórico de ataques virtuais a infraestruturas críticas.
No entanto, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, foi categórico: "não há indícios de qualquer ciberataque" envolvido neste incidente.
Em uma publicação na rede social X (antigo Twitter), Costa garantiu que mantém contato direto com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e com o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, monitorando de perto a situação.
De acordo com Costa, as operadoras de energia dos dois países estão engajadas em esforços para identificar a causa da falha e restaurar o fornecimento o mais rapidamente possível.
Impacto imediato: transporte parado e cidades no escuro.
O apagão afetou áreas urbanas densamente povoadas, como Madri, Barcelona, Lisboa e Porto, gerando uma série de transtornos.
A Adif, gestora de infraestrutura ferroviária da Espanha, comunicou que todo o tráfego ferroviário foi interrompido por conta da falta de energia.
Nas ruas, semáforos apagados causaram longos congestionamentos e preocupações com acidentes, enquanto o comércio teve que fechar as portas e serviços básicos foram suspensos.
Em Madri e Barcelona, milhares de moradores saíram às ruas tentando, sem sucesso, encontrar sinal para seus celulares.
Sem energia, antenas de telecomunicação ficaram inoperantes, comprometendo a comunicação em plena crise. Hospitais entraram em operação de emergência, ativando geradores para manter o funcionamento de equipamentos vitais.
Espanha e Portugal: prazos diferentes para restabelecimento.
A Red Eléctrica de España, operadora do sistema de energia espanhol, anunciou que o restabelecimento completo pode levar de 6 a 10 horas.
Em contrapartida, em Portugal, a distribuidora de energia comunicou que a normalização pode demorar até uma semana em algumas regiões, especialmente aquelas mais distantes dos centros urbanos ou com infraestrutura de distribuição mais antiga.
Essa discrepância nos prazos aumenta a preocupação, principalmente em setores sensíveis como saúde, segurança pública e abastecimento de alimentos.
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União Europeia e os protocolos de crise energética.
Em Bruxelas, a Comissão Europeia informou que já está em "contato estreito" com as autoridades de ambos os países para entender as causas do apagão.
Paula Pinho, porta-voz da Comissão, destacou que há protocolos estabelecidos para restaurar o funcionamento dos sistemas energéticos em casos de emergência.
Esses protocolos envolvem medidas como a ativação de reservas de energia, realocação de recursos de países vizinhos e suporte técnico para reconstrução rápida de redes danificadas.
A Comissão também garantiu que, se necessário, a assistência financeira e técnica da União Europeia será disponibilizada para acelerar o processo de recuperação.
Possíveis causas: falha técnica, clima ou sabotagem?
Embora a hipótese de um ciberataque tenha sido descartada preliminarmente, especialistas apontam que outras causas podem ter contribuído para o apagão:
Falha técnica em subestações principais ou redes de transmissão, como sobrecarga elétrica ou defeitos em equipamentos essenciais.
Eventos climáticos extremos, como tempestades solares ou tempestades elétricas, que podem afetar sistemas elétricos sensíveis.
Erro humano na operação ou manutenção das redes, embora esse cenário seja menos comum em sistemas tão monitorados como o europeu.
Atos de sabotagem física, que ainda não foram detectados, mas não podem ser descartados até que as investigações sejam concluídas.
O fato de os dois países terem sido afetados simultaneamente aponta para uma possível falha em uma infraestrutura compartilhada ou interconectada, o que também levanta a necessidade de revisão dos sistemas de backup e segurança.
Consequências econômicas e sociais do apagão
Especialistas já preveem que o impacto econômico deste apagão será significativo, ainda que temporário.
Setores como comércio, indústria, tecnologia e transportes foram diretamente atingidos, além do turismo — fundamental para as economias de Espanha e Portugal — que sofre com cancelamentos e dificuldades logísticas.
As consequências sociais também são visíveis: insegurança nas ruas, dificuldades de acesso a serviços básicos, transtornos na comunicação e aumento da ansiedade da população.
Muitos cidadãos recorreram a lanternas, baterias portáteis e geradores pessoais para manter-se minimamente conectados.
Empresas de tecnologia estão recomendando que seus funcionários trabalhem remotamente — quando possível — até que o fornecimento de energia seja restabelecido com segurança.
A resposta dos governos.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, já anunciaram que farão pronunciamentos oficiais ainda hoje para atualizar a população sobre o progresso na solução do problema.
Fontes próximas aos governos indicam que estão sendo preparadas medidas emergenciais para garantir o abastecimento de hospitais, centros de segurança e serviços essenciais nas áreas mais afetadas.
Além disso, ambos os governos estudam decretar estado de emergência energética se a situação não se normalizar nas próximas 24 horas.
O alerta para a Europa.
Este episódio serve como alerta para toda a Europa: apesar dos avanços tecnológicos e dos investimentos em energia renovável e redes inteligentes, o sistema energético europeu ainda é vulnerável a falhas que podem gerar consequências de grande escala.
Especialistas defendem uma revisão urgente das infraestruturas críticas, com foco na resiliência contra falhas técnicas e ataques cibernéticos.
A dependência de interconexões internacionais, embora traga benefícios, também aumenta a possibilidade de que uma falha em um ponto estratégico cause efeitos cascata em toda a rede.
Conclusão:
O apagão que atingiu Espanha e Portugal nesta segunda-feira revelou a fragilidade que ainda existe nos sistemas energéticos modernos.
Embora a União Europeia tenha descartado, até o momento, a hipótese de um ciberataque, a necessidade de investimentos em segurança, modernização e protocolos de emergência ficou ainda mais evidente.
O desafio agora é restaurar a normalidade no menor tempo possível, minimizar os danos econômicos e sociais e aprender com este incidente para fortalecer a infraestrutura energética de toda a Europa para o futuro.
Acompanhe as atualizações em tempo real e saiba mais sobre como a crise energética na Europa pode impactar o cenário internacional.
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