A justiça como arma política e o risco de ditadura.
O Brasil ainda pode ser chamado de uma democracia? Essa pergunta ecoa cada vez mais forte diante da crescente instrumentalização do Judiciário para fins políticos.
O que antes parecia impensável – um ministro da Suprema Corte atuando como inquisidor, legislador e executor – hoje é uma realidade escancarada, denunciada inclusive pela grande imprensa.
A figura de Alexandre de Moraes tornou-se o epicentro de um modelo de “justiça” que intimida adversários políticos, reprime a liberdade de expressão e ameaça o equilíbrio institucional do país.
O exemplo mais recente dessa escalada autoritária envolve a pressão exercida contra o presidente de um partido político, em uma demonstração clara de que o Supremo Tribunal Federal (STF), sob a liderança de Moraes, se afastou de seu papel de guardião da Constituição para se tornar um instrumento de controle e coerção.
Se a Justiça se tornou uma arma política, o Brasil ainda pode ser considerado um Estado Democrático de Direito? A resposta a essa questão é crucial para o futuro do país.
Silêncio conivente e a destruição da segurança jurídica.
Diante de tantos abusos, há um fator tão preocupante quanto a conduta de Alexandre de Moraes: o silêncio ensurdecedor de figuras públicas, partidos e instituições que deveriam zelar pela democracia.
Ao ignorarem as sucessivas violações ao devido processo legal, à liberdade de expressão e ao princípio da separação dos Poderes, essas lideranças se tornam cúmplices da destruição da segurança jurídica no Brasil.
A ausência de um ambiente jurídico estável gera consequências devastadoras. No campo econômico, a incerteza afasta investimentos e mina o crescimento do país.
No cenário diplomático, o Brasil perde credibilidade ao se tornar um exemplo de perseguição política e censura institucionalizada.
Mas o custo mais alto é humano: famílias destruídas, cidadãos presos sem julgamento adequado, jornalistas e influenciadores censurados por manifestarem opiniões divergentes.
Em um país que se pretende democrático, permitir que um único homem concentre tanto poder sem qualquer forma de controle ou contenção institucional não é apenas um erro – é um risco existencial para a liberdade e a justiça.
A pergunta que não quer calar: Até onde vai esse silêncio?
O custo Alexandre de Moraes é altíssimo, mas a pergunta mais importante que se impõe é: até onde aqueles que discordam desse modelo autoritário estão dispostos a ir em silêncio?
Até quando figuras públicas, juízes, parlamentares e lideranças políticas preferirão o conforto da omissão em vez do enfrentamento necessário?
A conivência com a tirania pode ser explicada por corporativismo, medo ou interesse político, mas nenhum desses motivos justifica ignorar o que está acontecendo.
Quando um ministro do STF age como censor, polícia e carrasco ao mesmo tempo, e ninguém dentro das instituições reage com firmeza, o que se está permitindo é a criação de um novo regime, onde a Justiça deixa de ser um pilar da democracia para se tornar uma ferramenta de repressão.
Denunciar abusos não é atacar o judiciário, Mas sim defendê-lo.
Aqueles que denunciam os excessos de Moraes não estão atacando o Judiciário – estão, na verdade, tentando preservá-lo.
Um sistema de Justiça legítimo e respeitado é aquele que age dentro dos limites da Constituição, garantindo direitos fundamentais e respeitando os princípios democráticos.
O que se vê hoje, no entanto, é um Judiciário que se dobra aos interesses políticos, distorcendo seu próprio papel e minando a confiança da população.
Se a Justiça é reduzida à vontade arbitrária de um único ministro, ela deixa de ser Justiça e passa a ser uma ferramenta de opressão.
E, ao contrário do que alguns tentam fazer parecer, não é crime questionar os abusos cometidos dentro de um tribunal. O verdadeiro ataque ao Judiciário ocorre quando juízes se tornam agentes políticos e traem a missão que deveriam cumprir em nome da Constituição.
O chamado de Bolsonaro: A voz do povo precisa ser ouvida.
Neste dia 26 de março de 2025, Jair Bolsonaro lançou um chamado ao povo brasileiro para que, no próximo dia 6 de abril, a Avenida Paulista seja palco de uma nova manifestação.
O objetivo? Protestar contra os abusos de Alexandre de Moraes, exigir a anistia dos presos políticos e reivindicar o retorno da verdadeira Justiça ao país.
Esse ato simboliza mais do que uma simples mobilização política – é um grito de resistência contra um modelo de governo que se afasta cada vez mais da democracia e se aproxima do autoritarismo.
É um chamado para que os brasileiros deixem de ser reféns do medo e do silêncio imposto por um sistema que ameaça sua liberdade.
A democracia precisa de vozes corajosas.
O Brasil vive um momento decisivo. A história mostra que democracias não são destruídas de um dia para o outro, mas sim corroídas lentamente, pelo medo, pela omissão e pela aceitação gradual de abusos que, um dia, tornam-se normais.
Se o país deseja evitar um caminho sem volta rumo ao autoritarismo judicial, é necessário que figuras públicas, juristas, parlamentares e cidadãos comuns tomem uma posição clara contra a instrumentalização da Justiça para fins políticos.
O silêncio, neste caso, não é neutralidade – é cumplicidade.
A pergunta que fica é: quantos ainda terão coragem de se levantar antes que seja tarde demais?
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