Durante evento em Santos (SP), ex-presidente relembrou o ataque a facada que sofreu em 2018.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a manifestar seu apoio a Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, após Trump ser alvo de um atentado durante um comício na Pensilvânia.
Durante um evento do Partido Liberal (PL) em Santos, litoral de São Paulo, Bolsonaro fez uma comparação entre a tentativa de assassinato contra Trump e o atentado que ele próprio sofreu em 2018, quando foi esfaqueado em Juiz de Fora, Minas Gerais, durante sua campanha presidencial.
"Tentaram me matar em 2018, mas eu sou ‘imorrível’. Tentaram assassinar a maior liderança conservadora do mundo, Donald Trump, mas aqui e lá a mão de Deus fez a diferença", afirmou Bolsonaro, destacando a intervenção divina em ambos os casos.
O contexto dos atentados.
Em setembro de 2018, Jair Bolsonaro foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira durante um evento de campanha em Juiz de Fora.
O atentado quase custou sua vida, exigindo várias cirurgias e uma longa recuperação.
O caso ganhou enorme repercussão nacional e internacional, influenciando significativamente o cenário político brasileiro.
Já o atentado contra Donald Trump ocorreu em 13 de julho de 2024, durante um comício na Pensilvânia.
Um homem tentou atacar Trump com uma arma de fogo, mas foi rapidamente contido pelo serviço secreto.
O episódio reacendeu debates sobre a segurança de líderes políticos nos Estados Unidos e o clima polarizado no país.
A mão de Deus e a oratória conservadora.
A menção à "mão de Deus" é uma constante na oratória de Bolsonaro, que frequentemente atribui suas vitórias e sobrevivências a uma intervenção divina.
Esta abordagem ressoa fortemente com sua base de apoiadores, que compartilham de uma visão religiosa e conservadora do mundo.
Ao traçar um paralelo entre seu próprio atentado e o de Trump, Bolsonaro reforça sua imagem como um líder destinado a cumprir um propósito maior, protegido por forças superiores.
Bolsonaro também aproveitou o evento em Santos para agradecer o apoio constante de seus seguidores.
"Não existe satisfação maior para um político do que ser recebido em qualquer lugar do Brasil. Meu sonho é, em 2026, os conservadores voltarem ao poder.
Pelo que temos sentido em todo o Brasil, isso já é uma certeza", declarou, demonstrando confiança no retorno dos conservadores ao poder nas próximas eleições presidenciais.
A Conclusão das investigações sobre Adélio Bispo.
Em junho de 2024, a Polícia Federal (PF) concluiu mais uma investigação sobre o caso Adélio Bispo, o autor da facada em Bolsonaro.
A investigação reafirmou que Adélio agiu sozinho na tentativa de homicídio contra o então candidato à presidência.
Esta conclusão, semelhante às anteriores, não impediu que teorias de conspiração continuassem a circular entre os apoiadores de Bolsonaro, que frequentemente questionam a versão oficial dos fatos.
O vídeo no X (Antigo Twitter) e a perseguição aos Conservadores
Bolsonaro também utilizou as redes sociais para reforçar a narrativa de perseguição aos conservadores.
Em um vídeo postado no X, antigo Twitter, ele declarou que "somente pessoas conservadoras sofrem atentados".
"Os atentados são contra as pessoas de bem e conservadoras", disse Bolsonaro, respondendo a perguntas de jornalistas.
Esta declaração faz parte de uma estratégia mais ampla de Bolsonaro para se posicionar como um mártir da causa conservadora.
Ao afirmar que apenas conservadores são alvo de atentados, ele sugere que existe uma conspiração global contra valores conservadores, mobilizando ainda mais seus apoiadores em torno de uma causa comum.
O impacto das declarações de Bolsonaro.
As declarações de Bolsonaro sobre Trump e a perseguição aos conservadores têm um impacto significativo em sua base de apoio.
Seus seguidores veem em Bolsonaro um defensor intransigente dos valores conservadores, disposto a enfrentar qualquer adversidade para proteger esses princípios.
A narrativa de vítima de uma tentativa de assassinato apenas reforça sua imagem de líder resiliente e protegido por uma força divina.
Além disso, ao expressar solidariedade a Trump, Bolsonaro se alinha com uma das figuras mais influentes do movimento conservador global.
Trump, assim como Bolsonaro, é visto por muitos como um outsider que desafiou o establishment político, e essa conexão fortalece a percepção de Bolsonaro como parte de um movimento maior que transcende as fronteiras nacionais.
O futuro político de Bolsonaro.
As próximas eleições presidenciais em 2026 serão um teste crucial para Bolsonaro e o movimento conservador no Brasil.
Seu discurso em Santos deixa claro que ele está confiante no retorno ao poder, contando com o apoio fervoroso de sua base.
A retórica de perseguição e intervenção divina provavelmente continuará a ser um elemento central de sua campanha, mobilizando eleitores que compartilham de suas crenças e valores.
Ao longo de seu discurso, Bolsonaro reiterou seu compromisso com a agenda conservadora e sua determinação em enfrentar qualquer adversidade. "Meu sonho é, em 2026, os conservadores voltarem ao poder.
Pelo que temos sentido em todo o Brasil, isso já é uma certeza", afirmou, expressando otimismo quanto ao futuro do movimento conservador no país.
Conclusão:
As recentes declarações de Jair Bolsonaro sobre o atentado contra Donald Trump e sua própria experiência em 2018 destacam a contínua relevância do relato de perseguição e resiliência em seu discurso político.
Ao posicionar-se como um defensor dos valores conservadores e um sobrevivente de tentativas de assassinato, Bolsonaro reforça sua conexão com sua base de apoio e solidifica sua posição como uma figura central no movimento conservador global.
Com as eleições de 2026 se aproximando, sua retórica e estratégias continuarão a moldar o cenário político brasileiro, enquanto ele busca um retorno ao poder com o apoio de seus fervorosos seguidores.
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