Vitória de Milei pode frear onda de esquerda na América do Sul.

Vitória de Milei pode frear onda de esquerda na América do Sul.

Milei

Com a Argentina à beira das urnas, a América do Sul busca um novo rumo político.

A América do Sul tem sido palco de uma transformação política notável nos últimos anos. Nas últimas quatro décadas, a região viu a alternância no poder entre governos de direita e esquerda. 

Entretanto, nos últimos quatro anos, um crescente número de países sul-americanos viu uma guinada à esquerda.

Com a Argentina prestes a realizar o segundo turno de suas eleições presidenciais em 19 de novembro de 2023, a possível vitória do candidato de direita, Javier Milei, poderia representar uma mudança significativa no cenário político da região.

A Onda de Esquerda na América do Sul.

Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), assumiu o cargo em janeiro, a América do Sul viu um aumento notável no número de governos de esquerda na região. 

Atualmente, 9 dos 12 países sul-americanos estão sob o comando de líderes progressistas. Esse movimento à esquerda tem sido influenciado por uma série de fatores, incluindo desigualdade social, insatisfação com a gestão da pandemia de COVID-19 e a busca por alternativas políticas.

Um dos países mais emblemáticos dessa onda de esquerda é a Argentina, que atualmente é governada pelo peronista Alberto Fernández.

No entanto, com a realização do segundo turno das eleições presidenciais argentinas em 19 de novembro de 2023, a dinâmica política pode estar prestes a mudar.

A Disputa Eleitoral na Argentina.

Na Argentina, o candidato de direita, Javier Milei, está competindo no segundo turno das eleições contra o atual ministro da Economia, Sergio Massa, que representa a esquerda. 

Com a segunda maior economia da região, a eleição argentina tem implicações significativas para o equilíbrio político da América do Sul.

No primeiro turno, Sergio Massa liderou com 36,68% dos votos válidos, enquanto Javier Milei, representando a coalizão La Libertad Avanza, conquistou 29,98% da preferência eleitoral.

No entanto, parte dos votos do segundo turno ainda está em disputa. Uma virada na corrida eleitoral não pode ser descartada, especialmente após a terceira colocada no primeiro turno, Patricia Bullrich, que representa a direita, declarar apoio a Milei. 

Bullrich obteve 23,83% dos votos, o que pode dar a Milei um impulso significativo.

O Potencial Impacto de uma Vitória de Milei.

Se Javier Milei for eleito presidente da Argentina em 19 de novembro, ele se tornará o quarto líder de direita na América do Sul. Em 2019, apenas seis países na região - Venezuela, Guiana, Suriname, Equador, Bolívia e Uruguai - eram comandados por governos de esquerda. 

No entanto, o cenário político sul-americano mudou drasticamente desde então, principalmente com a eleição de Alberto Fernández na Argentina.

A vitória de Milei na Argentina poderia ter o efeito oposto e sinalizar uma tendência de mudança na região. Isso é particularmente relevante, uma vez que a Argentina é uma das maiores economias da América do Sul e exerce influência considerável na política regional.

Outros Exemplos na Região.

O exemplo do Equador é notável. Recentemente, o empresário Daniel Noboa foi eleito presidente, derrotando a candidata de esquerda Luisa González. 

Essa vitória manteve a direita no comando do país, representando um desvio da tendência à esquerda observada em outras nações sul-americanas.

Vale destacar que a Venezuela tem sido governada por líderes de esquerda desde 1998, quando Hugo Chávez assumiu a presidência.

No entanto, o atual presidente, Nicolás Maduro, concordou em realizar eleições transparentes e fiscalizadas por organismos internacionais em 2024.

Isso ocorreu em troca da aceitação dos Estados Unidos de aliviar as sanções comerciais ao setor petrolífero venezuelano. Em 2018, Maduro venceu as eleições, mas o resultado não foi reconhecido pela oposição, e ele governa o país desde 2013.

O Brasil, por sua vez, classificou a eleição venezuelana na época como "fraudulenta", em alinhamento com os Estados Unidos e outros países que não reconheceram o resultado.

Conclusão:

A América do Sul está em meio a uma profunda transformação política, com um aumento notável no número de governos de esquerda na região nos últimos anos.

A Argentina, um dos países mais influentes da região, está prestes a realizar o segundo turno de suas eleições presidenciais, onde o candidato de direita, Javier Milei, disputa o cargo com o atual ministro da Economia, Sergio Massa.

Uma vitória de Milei poderia frear a tendência à esquerda na América do Sul e indicar uma possível mudança de rumo na política regional. No entanto, como as eleições ainda estão em andamento, o resultado final permanece incerto. 

Independentemente do desfecho, a dinâmica política da América do Sul continuará a ser um ponto de interesse global nos próximos anos, à medida que a região busca definir seu curso político e econômico.

Postar um comentário

0 Comentários