Jair Bolsonaro declara que sua missão na Presidência ainda não acabou em discurso na CPAC em Washington DC.

Jair Bolsonaro declara que sua missão na Presidência ainda não acabou em discurso na CPAC em Washington DC.

Bolsonaro na CPAC


1. No discurso na CPAC em Washington DC, Bolsonaro declara que sua incumbência na Presidência ainda não foi concluída.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um discurso no evento CPAC (Conferência Anual de Ação Política Conservadora) em Washington DC, nos Estados Unidos, neste sábado (4.mar.2023), onde afirmou que sua missão na Presidência da República ainda não acabou. Em pouco mais de 20 minutos de discurso, Bolsonaro mencionou os feitos de seu governo e defendeu a “liberdade” nas redes sociais.

Bolsonaro declarou que, em seu mandato, não obrigou “ninguém a tomar a vacina” e recebeu aplausos do público. Ele também criticou a decisão do governo petista que autorizou a ancoragem de 2 navios de guerra iranianos no porto do Rio de Janeiro, afirmando que, se ele fosse presidente, não haveria esse problema agora com navios iranianos. O ex-presidente mencionou a possibilidade de concorrer ao Planalto novamente e conta com o apoio do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

No entanto, Bolsonaro não mencionou quando deveria retornar ao Brasil, mesmo após ter dito em entrevista ao jornal Wall Street Journal que retornaria em março. O ex-presidente deixou o país em 30 de dezembro e está nos Estados Unidos há 2 meses, onde tem feito palestras em eventos voltados para apoiadores de direita e conservadores.

Em seu discurso na CPAC, Bolsonaro disse ter uma relação “excepcional” com o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e mencionou ter sido um dos últimos líderes mundiais a reconhecer a vitória de Joe Biden nas eleições norte-americanas em 2020. Trump também discursou neste sábado, último dia do evento que começou na quarta-feira (1º.mar.2023).

2. Bolsonaro participa da CPAC Brasil em meio a controvérsias e críticas por suas posições extremas.

Bolsonaro participou da 2ª edição da CPAC Brasil em Brasília, em 4 de setembro de 2021, onde criticou o STF (Supremo Tribunal Federal) e apresentou pedido de impeachment no Senado contra o ministro Alexandre de Moraes, que foi rejeitado e arquivado. Em 2022, o ex-presidente participou por videoconferência da CPAC Brasil, realizada em Campinas nos dias 11 e 12 de junho, onde criticou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por não aceitar as sugestões de guerra para a eleição.

A Conferência Anual de Ação Política Conservadora é realizada desde 1974 e é o maior e mais influente encontro de conservadores do mundo, segundo o site oficial do evento. Outros políticos e personalidades conservadoras notórias dos Estados Unidos estão confirmados como palestrantes para a edição norte-americana de 2023, como a ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley – que anunciou sua pré-candidatura à presidência dos EUA em 2024 pelo partido Republicano. 

Além de Bolsonaro, outros líderes políticos latino-americanos também já participaram da CPAC, como o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, o presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, e o líder opositor venezuelano Juan Guaidó. O evento é uma oportunidade para esses líderes apresentarem suas ideias e propostas para uma audiência global de conservadores e defensores da liberdade individual.

No entanto, a participação de Bolsonaro no evento deste ano foi marcada por críticas e controvérsias. O ex-presidente é visto por muitos como um líder polarizador, que adota posições extremas e controversas em questões como a pandemia de COVID-19 e o meio ambiente. Durante seu mandato, Bolsonaro foi criticado por sua resposta à pandemia, que incluiu minimizar a gravidade da doença, promover tratamentos não aumentados e questionar a eficácia das vacinas. 

3. Bolsonaro participa da CPAC em meio a controvérsias sobre suas políticas ambientais e críticas de grupos de direitos humanos e ambientalistas.

Além disso, Bolsonaro também é conhecido por suas políticas ambientais controversas, que incluem a abertura de áreas protegidas para a mineração e a exploração de petróleo, e a redução da fiscalização ambiental. Essas políticas foram criticadas por ambientalistas e líderes internacionais, que argumentam que elas contribuíram para o desmatamento da Amazônia e o aquecimento global.

Apesar das críticas, Bolsonaro mantém um forte apoio entre uma enorme parcela da população brasileira, que o vê como um líder forte e defensor da liberdade individual e dos valores conservadores. Ele também tem apoiadores em outros países, como os Estados Unidos, onde muitos conservadores admiram sua postura ant-establishment e pró-mercado.

No entanto, a participação de Bolsonaro na CPAC também gerou protestos e críticas de grupos de direitos humanos e ambientalistas, que o acusam de promover políticas que ameaçam a democracia e o meio ambiente. Durante o evento, um pequeno grupo de manifestantes se reuniram do lado de fora do local para protestar contra a presença de Bolsonaro, carregando cartazes que diziam "Fora Bolsonaro" e "Salve a Amazônia".

Em meio aos últimos acontecimentos políticos, a participação de Bolsonaro na CPAC deste ano destaca a força do líder de direita brasileiro, que ainda é respeitado no brasil e no mundo. Enquanto alguns veem Bolsonaro como um líder forte e defensor da liberdade individual, o sistema o vê como um político polarizador e uma ameaça à democracia e ao meio ambiente.

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